Vamos imaginar se a proclamação da república acontecesse nos dias de hoje. Provavelmente, o LinkedIn estaria lotado de oportunidades de emprego. Com a abolição da escravidão, os currículos seriam pedidos aos montes e as vagas deixadas pelos escravos deveriam ser ocupadas em pouco tempo. Os estrangeiros, que há muito tempo já estavam de olho no Brasil, viriam correndo para trabalhar.
Vídeos gravados com coronéis reclamando do governo, que libertou os escravos, mas não planejou nenhuma indenização, seriam divulgados no Youtube, mas o TTs seria, com certeza, a guerra do Paraguai. Os soldados fariam check-in internacional e utilizariam aplicativos de geolocalização para fundamentar as táticas de guerra.
O ápice com certeza seria no período quando a igreja católica se voltou contra o governo, aumentando as tensões e fazendo com que D. Pedro II começasse a procurar passagem para Portugal. Com uma parada rápida em Petrópolis, antes dele ser afastado do governo, que antecedeu o golpe militar, dando a “badge” de presidente para Marechal Deodoro.
Todos receberiam o convite para o evento do ano no Facebook. “Proclamação da República - Eu Vou” dia 15 de novembro, 1989 na Praça da Aclamação. Imaginem a nuvem de flashes quando Marechal Deodoro, com espada em punho, declarou que a partir daquela data o Brasil seria uma república. O Instagram bombaria de fotos com a hashtag “#Soubrasileiro”, o Twitter com certeza sairia do ar e no Facebook, Dom Pedro anunciaria: “aeroporto #partiu”.