domingo, 21 de fevereiro de 2010

Etanol brasileiro é o mais ecoeficiente do mundo


O etanol produzido no Brasil é o mais eficaz e o menos poluente do mundo, segundo avaliação da Agência Americana de Proteção Ambiental (EPA). De acordo com o órgão norte-americano, o biocombustível brasileiro reduz as emissões de gases causadores de efeito estufa em 61%, levando-se em conta a quantidade emitida pela gasolina, enquanto a redução proporcionada pelo etanol de milho dos Estados Unidos é de 15% e a do biodiesel europeu varia entre 20% e 30%.

Na opinião de especialistas em sustentabilidade energética, o reconhecimento feito pela EPA abre um mercado importante para o etanol brasileiro no exterior, em pleno contexto de tensão no que diz respeito a luta contra as emissões de dióxido de carbono (CO2) e o aquecimento global. O álcool produzido no Brasil é considerado um “biocombustível avançado” pela agência norte-americana.

“Trata-se de uma excelente notícia para o etanol brasileiro, pois a disponibilidade de um biocombustível avançado e comercialmente viável é um elemento importante para a estratégia americana de redução de emissões de gases de efeito estufa”, destacou ao Jornal do Brasil o professor da Unicamp Luís Augusto Barbosa Cortez. No entanto, segundo o pesquisador, a provável abertura do mercado criará uma demanda que só poderá ser suprida caso o país obtenha um considerável avanço tecnológico.

Cortez defende o aumento de investimentos em pesquisa para o aperfeiçoamento do etanol de primeira geração, além do crescimento da produção do etanol celulósico. Para o pesquisador, a escolha por esta última alternativa aumentará a produtividade sem a necessidade de expansão das áreas plantadas de cana-de açúcar. Atualmente, linhas de pensamento que vão de grupos de estudiosos até ambientalistas contestam a ideia de “ecoeficiência” associada ao biocombustível, em razão do constante desmatamento para este fim.

“Essa boa notícia precisa ser acompanhada de investimentos para que o etanol tenha melhores indicadores, como custo de produção, redução de consumo de fertilizantes, produtividade agroindustrial, condições de trabalho no campo e redução de queimadas. A sustentabilidade do etanol tem que ser considerada em suas dimensões ambientais, sociais e econômicas”, concluiu Cortez.

Fonte: Eco4planet

Nota: Essa matéria mostra um típico problema quando falamos de ações melhores para evitar o aquecimento global. Porque ao mesmo tempo que o etanol brasileiro polui menos que o dos "gringos", as condições de vida e de trabalho que os cortadores de cana passam são realmente de se preocupar. Sem contar que as queimadas que eles fazem nas plantações que geralmente são gigantes, poluem muito...

Mas, o que está bom só deve melhorar.

Vamos torcer para que o Brasil continue nos estudos para novas alternativas para combustíveis, e que com as melhoras nós consigamos ajudar o planeta.

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