quarta-feira, 2 de junho de 2010

Internet: Se não souber usar vira doença!

A população brasileira de internautas (de 42,6 milhões) considera o uso em vários ambientes como em casa, trabalho, escola, universidade, dentre outros. Se o uso for restrito apenas ao ambiente residencial este número cai para aproximadamente 22 milhões. Dados da Nielsen/NetRatings apontam que o tempo médio mensal de navegação na Internet dos brasileiros é de 22 horas e 24 minutos, um líder nesse aspecto. Desse total, segundo dados do IBGE, mais de 50% é composto de jovens, onde 1/3 tem idade entre 15 e 17 anos. Ainda, conforme IBGE, a idade média do internauta brasileiro é de 28 anos.
Dados da Internet World Stats mostram que o crescimento de uso da Internet foi de 290% a nível mundial e de 660% na América Latina (incluído o Brasil). Todos esses índices apresentados servem para fundamentar a mudança de hábito de seus usuários. É ótimo ter uma ferramenta como esta que nos permite acessar informações, entrar em contato com amigos, trocar mensagens, fotos e tantas outras utilidades. Mas, esse crescimento desenfreado tem tornado parte de seus usuários em verdadeiros "viciados" da Internet, pois eles não conseguem mais viver sem ela. De excelente ferramenta, a Internet começa a se tornar uma compulsão, um vício e, porque não dizer, uma doença.
Uma doença? Sim isso mesmo. A edição do American Journal of Psychiatry de março de 2008 traz um alerta sobre essa questão que colocam o uso de modo compulsivo da Internet em jogos, envio de emails, ansiedade por recepção de emails e mensagens instantâneas, uso intensivo de salas de bate-papo como sintomas do que compreende um vício ou uma doença. Esse tipo de dependência ou vício da Internet se enquadra no que é denominado na Psiquiatria de DSM (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders ou Manual Diagnóstico e Estatístico de Desordens Mentais). Esse documento lista categorias de desordens mentais e critérios para se fazer o diagnóstico.
Eu, particularmente, adoro utilizar a Internet, mas ela nada mais é do que uma ferramenta. Ela me permite conversar com pessoas amigas e profissionais que estão longe (em outros cidades e países), permite-me descobrir informações, mas não todas, pois as informações indexadas pelos engenhos de busca ou buscadores como Google, Yahoo e outros compreendem uma ínfima parcela da Deepnet ou Web invisível (não acessada por esses buscadores). A Internet é um mundo de informações para os mais diversos gostos e necessidades. Pode-se brincar (jogar), conversar, expressar opiniões, assistir a filmes e, obviamente, pesquisar. Pode-se fazer tanta coisa que, às vezes, alguns ficam um tanto obcecados. Portanto, seu uso requer cautela. Afinal ninguém quer ser dependente dela.  O uso da Internet de maneira compulsiva ocorre quando o indivíduo:

  • vive numa grande ansiedade por recebimento de emails ou mensagens instantâneas;

  • tem obsessão pelo que está acontecendo na Internet;

  • acessa e usa a Internet por longos períodos de tempo num dia;

  • troca atividades sociais ou vida social pela navegação na Internet;
Saber empregar bem o tempo é uma arte. A vida é feita de escolhas. Você faz suas escolhas e suas escolhas fazem você. Portanto, faça da Internet uma ferramenta aliada e bom uso. 

Artigo postado por Antonio Mendes da Silva Filho no site Espaço Acadêmico

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